À medida que a cidade ia sumindo entre as
nuvens, olhei em volta de onde estava assentada e, fitando alguns rostos
impassíveis, imaginei que cada um tinha uma história, cada ruga, cada
expressão escondia, com certeza, dias felizes ou tristes, ensolarados ou
sombrios. Enquanto pensava nas possíveis histórias daquelas pessoas, mergulhei
na minha própria, que começou, como tantas outras, num dia comum de trabalho há
dois anos no Brasil.
Casamento fora dos propósitos de Deus
Naquela época eu não vivia, apenas sobrevivia, Tinha dois filhos que precisavam de mim, um marido eternamente desempregado, e um trabalho do qual não gostava. Era uma jovem casada, preocupada com a vida difícil que levávamos com o futuro incerto e o descaso do marido.
Naquela época eu não vivia, apenas sobrevivia, Tinha dois filhos que precisavam de mim, um marido eternamente desempregado, e um trabalho do qual não gostava. Era uma jovem casada, preocupada com a vida difícil que levávamos com o futuro incerto e o descaso do marido.
Desde o início do meu casamento que minha comunhão com Deus tinha fracassado.
Devido ao pouco caso que o meu marido fazia dos assuntos relacionados a Deus,
eu não consegui mais ficar na presença do Senhor, parei de ir à igreja e passei
a viver apenas para o casamento e para os filhos.
Nesse
período fui à igreja onde meu pai era pastor apenas para apresentar meus filhos
quando eles nasceram. Dentro de um casamento onde a única bênção de Deus eram
meus dois filhos, eu vivia estressada e obrigada a trabalhar em lugares que eu
não gostava nem aprovava, mas ia para agradar o marido e ajudá-lo a alcançar
seus objetivos. Aos poucos fui percebendo que esses objetivos eram apenas seu
bem estar pessoal e não incluía o bem estar da família. Eu fui suportando esse
tipo de vida e trabalhando assim mesmo, porque não queria tornar a passar pelas
dificuldades psicológicas que tinha vivido antes de aceitar esse trabalho ao
qual ele me obrigava, dificuldades essas que me levaram à depressões
intermináveis. Certa noite nesse trabalho, durante o meu horário de café,
sentei numa cadeira do jardim e olhei para o céu. Parecia que alguém havia
limpado naquela noite o céu de São Paulo, pois ele estava lindo, limpo e muito
estrelado. Olhando encantada para o brilho das estrelas, fiz um pedido a Deus.
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