Rei meu infinitamente Soberano, apagai os incêndios,
com que me abrasão os depravados apetites de sensualidade;
atrai, e acendei em minha alma o fogo sempre vivo do teu
Divino amor. Redentor meu piedoso, afasta de mim o espírito
da soberba, e enriquece-me com o tesouro precioso da tua
humildade. Salvador meu, extingui inteiramente em mim o furor,
e qualquer ímpeto da ira, e armai-me com o escudo da paciência
e mansidão. Criador meu supremo, arrancai de minha alma o
ódio; e enche-me da doçura da paz, e brandura. Conceda-me,
Pai amoroso, uma fé sempre viva, e amor perfeito. Altíssimo
Governador do universo, faça por tua bondade imensa, que eu
totalmente me dispa da vaidade, da inconstância no servir, e de
todas distrações do coração. Protetor de todos, que em ti esperam,
refreia a minha língua; e humilhai a altivez dos meus olhos;
reprima o apetite de gula, e o incentivo da glutonaria. Libertador
misericordioso, livra-me da infâmia do próximo. Livra-me
sempre dos perigos da curiosidade, da cobiça das riquezas, da
ambição de mandar, dos desejos desordenados da glória vã e
mundana, da malignidade da hipocrisia, do veneno da lisonja do desprezo dos pobres, da opressão dos fracos, da vexação dos humildes, e covardes. Senhor, livra-me
De agostinho
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